No Dia da Mulher, Seinfra parabeniza servidoras e destaca a importância do trabalho feminino na pasta

Do número total de servidoras, 16% exercem cargo de chefia

Com a chegada do Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Região Metropolitana de Manaus (Seinfra) comemora a participação feminina em todos os setores da pasta.

Em levantamento feito pelo Departamento de Recursos Humanos da Seinfra foram encontrados números positivos, que mostram um crescimento na participação feminina da secretaria, tanto na área administrativa quanto na área de engenharia e projetos.

Atualmente, a pasta dispõe de 295 servidores em atividade, dos quais 120 são do sexo feminino. Destas, 30 são engenheiras ou arquitetas e 19 exercem cargos de chefia, como é o caso da secretária de Planejamento e Comunicação da Seinfra, Lizandra Brugnara. Para ela, a mulher está cada vez mais atuante no mercado de trabalho e tem buscado mostrar, através de sua capacidade, todo o seu potencial.

“Eu penso que uma mulher pode ocupar o espaço que ela quiser e, para isso, o que devem ser avaliadas são suas competências e habilidades, independentemente de gênero ou idade”, destacou Brugnara, que falou ainda da evolução da mulher ao longo da jornada profissional.

“É claro que o preconceito e as dificuldades são mais presentes na vida da mulher e nós sempre estaremos sob prova, principalmente em profissões masculinizadas. No entanto, estamos mostrando resultados, força intelectual, habilidades, estratégias e criando oportunidades que fortalecem nossa atuação em qualquer profissão”, completou.

Para a chefe do Departamento de Finanças, Lindomar Vargas, ser mulher e chefe em uma secretaria que a atividade fim é majoritariamente exercida por homens, é um privilégio, uma vez que a secretaria tem dado cada vez mais ênfase ao protagonismo feminino em sua estrutura.

“Isso fica mais evidente quando há gestores que compreendem a capacidade de cada mulher, e o nosso secretário sabe fazer isso como ninguém, até porque se nós estamos em destaque é porque nós temos competência e sabemos muito bem o que fazer em cada função que exercemos”, disse a servidora, que é da etnia indígena Marubo.

Considerado anteriormente como um nicho exclusivamente masculino, a construção civil abriu espaço para a mulher, que hoje trabalha não apenas como engenheira, arquiteta e técnica em Edificações, mas também como pedreira, pintora, carpinteira, servente, ajudante de obra, dentre outras funções.

A chegada da mulher à construção civil não foi uma tarefa fácil, foi preciso muita garra e resistência para vencer os obstáculos e ganhar espaço nessa área. A engenheira Ana Lúcia Sampaio, do setor de Fiscalização da Seinfra, conta que além do fato de ser mãe e ter que trabalhar para sustentar a família enquanto estudava, enfrentou discriminação na fase inicial da profissão.

“Hoje as coisas estão bem diferentes, mas havia muita desconfiança quanto à nossa capacidade de trabalhar no segmento. Com o passar do tempo, todo o conhecimento, dedicação, capacidade e desempenho empregado no exercício da profissão gerou o reconhecimento do nosso trabalho e da nossa importância enquanto profissional. Isso eu considero uma das vitórias mais importantes da minha vida”, ressaltou Ana Lúcia.

Participação profissional – Em termos nacionais, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registram crescimento de até 120% na participação feminina na construção civil. De acordo com o Painel da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2020, do Ministério do Trabalho, são mais de 200 mil mulheres trabalhando nos escritórios e empresas de engenharia, bem como nos canteiros de obra. No Amazonas, de acordo com último levantamento, esse número chega a três mil mulheres exercendo alguma função na construção civil.

Vale destacar ainda a crescente procura feminina pela graduação na área de engenharia, que tem sido cada vez mais recorrente. De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), entre os anos de 2003 e 2015, o número de mulheres que estudavam engenharia no Brasil passou de 24.554 para 57.022, chegando a ocupar 30,3% das vagas em Engenharia Civil.

Reconhecimento – Em alusão ao Dia da Mulher, o titular da Seinfra, Carlos Henrique Lima, fez questão de homenagear o quadro feminino da pasta, reportando-se às servidoras Maria do Carmo Golvim, do Departamento de Projetos, e Celina Melo, do Departamento de RH, que estão há mais tempo em atividade, assim como à colaboradora Karina Marques, também do RH, servidora mais recente a ser admitida na secretaria.

“Eu quero, em nome destas servidoras, homenagear todas as demais. Hoje, a mensagem é de gratidão, carinho e reconhecimento por todo o trabalho desempenhado. Todas estão aqui por merecimento, capacidade e competência, podem ter certeza. Vocês engrandecem esta secretaria e é um prazer poder trabalhar com as profissionais que vocês são e se tornam a cada dia”, destacou.

Data comemorativa – O Dia Internacional da Mulher teve origem no movimento operário. Um incêndio trágico em Nova York e uma revolução na Rússia estão entre os eventos que influenciaram a criação da data. 

O incêndio na fábrica de roupas Triangle Shirtwaist, em Nova York, em 1911, matou 123 mulheres. A tragédia levou às capas dos jornais as terríveis condições de trabalho a que as mulheres eram submetidas. O segundo, um marco da História Contemporânea, a marcha das mulheres russas por pão e paz, em 1917. Naquele 8 de março, elas saíram às ruas de São Petersburgo para pedir por melhores condições de vida e pela saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial. As demonstrações também fortaleceram a causa do sufrágio feminino no país.

Durante as conferências de mulheres da Internacional Socialista, em Copenhague, em 1910, foi sugerido por Clara Zetkin que o Dia das Mulheres passasse a ser celebrado todos os anos. Nos anos seguintes, a data foi comemorada sempre neste dia, por conta do marco histórico de luta pelos direitos das mulheres. Em 1977, a data foi devidamente oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU).