Obras de duplicação são retomadas na AM-070

 

Inserida no projeto de criação de novos eixos econômicos do Amazonas, a partir das potencialidades regionais, o Governo do Estado tem dado continuidade à obra de duplicação da Rodovia Manoel Urbano, a AM-070. Os serviços de engenharia estão sob a responsabilidade da Construtora Etam, com fiscalização da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra).

Com seis frentes de trabalho envolvendo 200 trabalhadores e 70 máquinas em campo, as obras seguem em ritmo acelerado para duplicar do km 20 ao km 35, onde fica a ponte sobre o rio Ariaú. Desse modo, totalizando mais 15 km de duplicação da estrada. Com a continuação dessa segunda etapa, a obra está com avanço físico de 35% do total da estrada. Com início em 2012, a obra recebe o investimento de R$ 279.642.517.

Ao longo desse perímetro estão sendo realizados os trabalhos de limpeza do terreno, reciclagem do material da pista existente, drenagem com bueiros tubulares, terraplanagem, pavimentação, remoção de postes, topografia e controle tecnológico.

Alguns trechos duplicados já se encontram em fase de finalização, como é o caso do km 26 ao km 31 que já possui 5.2 km de revestimento asfáltico, na semi-pista direita no sentido dos municípios de Iranduba e Manacapuru. Esses trechos pavimentados estão sendo utilizados como desvio para os veículos, tendo em vista a realização das obras no lado paralelo da pista. Além do reforço que deverá ser executado na ponte do rio Ariaú, também será construída uma nova ponte sobre este rio no segmento duplicado da rodovia.

Quando pronta a duplicação, nos dois sentidos da estrada cada pista possuirá 7,20m, acostamentos com 1,50 m, drenagem de 0,80cm para cada lado e uma faixa central de 0,70cm que servirá para implantação da sinalização horizontal, com isso perfazendo uma largura total da estrada de 19,70 metros. Além disso, a paisagem também receberá o revestimento vegetal com mudas e arbustos com altura maior que um metro.

"O primeiro trecho duplicado da AM-070 possui 11 km de extensão e foi inaugurado em 2015 pelo Governo do Estado. Além dele, mais 9 km pavimentados já foram executados, faltando a conclusão da sinalização vertical e horizontal das vias. Com isso, são 20 km duplicados ao total até o presente momento", explica a fiscal da obra, engenheira civil Ana Lúcia Matos.

Ainda de acordo com a fiscal, durante o período das chuvas, os serviços de pavimentação e terraplanagem são paralisados pela dificuldade técnica de execução. No entanto, os serviços de arqueologia, construção de meio-fio, sarjetas, bueiros, por exemplo, são contínuos. 

A construção dessa rodovia é importante na logística de transporte e escoamento da produção do Amazonas, pois liga Manaus a Iranduba, Novo Airão e Manacapuru. A piscicultura e a produção de farinha são algumas das áreas impulsionadas. Com a duplicação da estrada completa, a expectativa é promover o escoamento e abrir um novo caminho para a comercialização e distribuição de produtos do interior.

Além desse incentivo, a duplicação da rodovia também beneficiará diretamente turistas, moradores da região metropolitana de Manaus e ainda os produtores rurais e população em geral dos municípios das regiões do Médio Solimões, Purus e Juruá.

 

ARQUEOLOGIA

Tendo em vista a preservação e conservação ambiental e do patrimônio material de nossos ancestrais, a obra conta ainda com o acompanhamento de arqueólogos disponibilizados pela Laghi Engenharia.

Esses profissionais desenvolvem monitoramento das áreas onde ocorre a duplicação da estrada a fim de reduzir o impacto sobre esses sítios arqueológicos. "Os arqueólogos trabalham onde possam ter vestígios arqueológicos, como urnas funerárias, material lítico, vasilhas, pedaços de cerâmica, etc., os quais são patrimônios culturais e contribuem para o fortalecimento da identidade local", destaca o chefe da Assessoria Ambiental da Seinfra, Otacílio Júnior.

Nesses 15 km de estrada existem três sítios arqueológicos: Miranda, localizado no km 20 com 160m de extensão; Acreano, localizado no km 23 com 540 m de extensão; e Embrapa, localizado no km 34 com 160m de extensão. Além desses, existe o Ubim, localizado no km 49 com 200m de extensão; Capoeira dos Índios, localizado no km 65 com 1260 m de extensão; Kemak, localizado no km 70 com 1940 m de extensão; e mais uma ocorrência de sítio arqueológico abrangendo o km 30 e 31. Ao longo de toda a extensão da estrada, que possui um total de 78,14 km, existem sete sítios arqueológicos.

Os trabalhos de arqueologia já foram desenvolvidos e concluídos no sítio do Miranda, Acreano e na ocorrência de sítio no km 30 e 31. Atualmente, está em andamento no sítio da Embrapa (km 34) o trabalho de topografia e relatório.

Essas áreas também já receberam a visita técnica de alunos que estudam Patrimônio Cultural e Centros Urbanos. Eles conheceram os serviços em execução e obtiveram informações sobre licenciamento ambiental e patrimônio arqueológico no contexto amazônico. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IPHAN) também já visitou o local para acompanhar os trabalhos arqueológicos desenvolvidos ao longo da rodovia.

ASCOM/SEINFRA