Ponte do Igarapé do São Raimundo não oferece risco

A ponte construída sobre o igarapé de São Raimundo, como parte das obras de requalificação ambiental e urbanística do Igarapé do Franco e da Avenida Brasil, dentro do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus – o PROSAMIM, ao contrário do que foi especulado por alguns moradores do entorno da obra, não oferece qualquer risco à população. A informação foi repassada ontem pelo engenheiro Heliobalbi Martins, da UGP/SEINF. Segundo ele, a obra obedece a todos os requisitos exigidos pelas normas de segurança da construção civil. No caso específico desta ponte, que compõe o conjunto arquitetônico do novo sistema viário da Avenida Brasil – entre a marginal direita da Avenida Brasil e a Kako Caminha, as medidas de segurança tomadas pelos engenheiros do PROSAMIM excedem em muito às exigências técnicas e legais.
“O que ocorre é que o posicionamento das estacas de sustentação da ponte, construídas com certa inclinação para dar maior sustentação aos pilares, pode eventualmente passar a impressão de que elas estariam cedendo, o que não corresponde com a realidade”, explicou a Secretária de Estado de Infraestrutura, Waldívia Alencar. De acordo com a UGP/SEINF, cada um dos seis blocos de sustentação da ponte é composto por 32 estacas, 16 a mais do que previa o projeto original; ou seja, o dobro. Estas estacas têm 16 metros de comprimento, sendo que destes 16 metros sete estão encravados em rocha pura, cinco em solo rígido e apenas quatro afloram à superfície, principalmente quando há uma vazante muito grande naquele igarapé.
A inclinação de alguns destas estacas é feita de modo a dar mais sustentação aos blocos, não havendo a mínima possibilidade de que elas estariam cedendo ou mudando de posição por conta do peso suportado. “Para se ter uma idéia”, adiantou o engenheiro Heliobalbi, “cada uma daquelas estacas passou por um teste de resistência, na qual foi comprovada que elas suportam até 110 toneladas”. Para reforçar sua argumentação o Coordenador da UGP/SEINF disse que basta multiplicar 110 toneladas – que é o que o peso que cada uma delas suporta, por 30, que é o número de estacas por bloco de sustentação. Por fim, ele ressaltou que a inclinação de algumas das estacas é intencional – está previsto no projeto, e que as obras realizadas pelo PROSAMIM no igarapé do Franco – como, aliás, em vários outros igarapés de Manaus, criando um novo viário e melhorando o aspecto urbanístico daquela área da cidade obedecem rigorosamente às normas técnicas de segurança vigentes no País.